Utilizando-me da minha experiência como intérprete de Libras e como esposa de um surdo me senti responsável em fazer este trabalho. Deparei-me com muitas dificuldades nestes anos, descobri um mundo diferente e não deficiente para mim, onde as pessoas fazem exclusões, por desconhecimento da cultura surda ou por não conhecerem as capacidades destes que aprendi a amar.
Na minha experiência conheci surdos de todos os jeitos. Os surdo oralizados, que são surdos que lêem os lábios e falam bem, alguns surdos oralizados usam só o português e outros surdos oralizados que são bilíngües, usam o português e a Libras e também o surdo sinalizado, que é aquele que usa só sinais não faz leitura lábial. Lembrando que cada um tem um histórico de vida diferente, uns que foram alfabetizados e tiveram sucesso e condições para aprender o português e outros que, por falta de preparo da sociedade , das escolas não obtiveram o sucesso no português .
A Surdez pode ser considerada congênita quando uma criança nasce surda ,podendo ser hereditária ou por problemas na gestação , que foi o caso do meu Esposo.
Pode ser surdez adquirida quando ocorre depois do nascimento , existindo vários fatores que podem ocasioná-la.
Muitos dizem que surdo é mudo , isso é totalmente errado pois Mudez ou Afonia é uma deficiência que indica incapacidade (total ou parcial) de produzir fala. As principais causas de mudez são físicas podem estar relacionadas com as cordas vocais, lingua , boca e pulmões.
( Instituto Camões ) .
O surdo pode falar pois tem capacidade de produzir fala é só uma questão de treino . Alguns surdos não falam por falta de treino ou por opção .
Joice Sales Mourão Galvão
A incidência da surdez adquirida em nosso país tem aumentado nos últimos anos, e a sua principal razão está na falta de prevenção das principais doenças contagiosas segundo Carvallo e Lichtig (1997), bem como a falta de informação da população e dos profissionais que lidam com ela.
Pela área da saúde e educacão, o individuo com surdez pode ser considerado parcialmente surdo ou deficiente auditivo. A pessoa com surdez moderada apresenta perda auditiva entre quarenta e um a setenta decibéis, ocasionando atraso de linguagem e alterações articulatórias. A surdez severa apresenta perda auditiva entre setenta e um a noventa decibéis e o individuo consegue ouvir apenas sons próximos. E por fim, a surdez profunda é a perda superior a noventa e um decibéis privando o individuo de informações auditivas necessárias para perceber e identificar a voz humana, impedido-o de adquirir a língua oral e, nesse caso, fazendo-se necessário o uso da língua de sinais. (Feneis – Federação de Educação e Integração dos Surdos ).
a) de 41 a 55 db – surdez moderada;
b) de 56 a 70 db – surdez acentuada;
c) de 71 a 90 db – surdez severa; d) acima de 91 db – surdez profunda; e
e) anacusia;
(Decreto nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999 – DOU de 21/12/99 – Alterado)
Deixe um comentário